"Estão nos massacrando, mas não pensem que o
PT está morto", diz Gleisi Hoffmann
Para entender como
os diferentes nomes da sigla interpretaram as acusações e os próximos passos
que deverão ser tomados na defesa de Lula e da imagem do partido, o InfoMoney
entrevistou alguns dos presentes; confira
SÃO PAULO - Parlamentares petistas, ex-ministros e militantes do partido
acompanharam ontem o pronunciamento do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva
em resposta à formalização da acusação contra ele feita pela força-tarefa da
Operação Lava Jato. Para entender como os diferentes nomes da sigla
interpretaram o episódio e os próximos passos que deverão ser tomados na defesa
de Lula e da imagem do partido, o InfoMoney entrevistou alguns dos presentes.
Veja os destaques:
Afonso Florence (PT-BA), líder do partido na Câmara: "A fala do
presidente Lula e a reação do Diretório Nacional são uma demonstração de que a
reação será à altura das infrações cometidas com uma acusação reconhecidamente
sem provas. É um ataque político e nossa defesa é a defesa da democracia, das
conquistas do povo brasileiro, do patrimônio partidário, do próprio partido e
do presidente Lula. Vamos reagir à altura, que é, com o apoio do povo, lutar
pela preservação desse conjunto de conquistas".
Cristiano Zanin, advogado de Lula:
"Essa discussão em torno de ‘organização criminosa’ é uma discussão que
está no Supremo Tribunal Federal. Em primeiro lugar, não cabia ontem qualquer
tipo de discussão e muito menos apresentação de convicções em relação a esse
assunto. O outro ponto é que aquela apresentação claramente está baseada em uma
responsabilidade objetivo, ou seja, em uma tentativa de atribuir a alguém a
prática de um crime apenas porque ocupou uma posição central de governo. Essa
situação é incompatível com o direito penal, que não admite a responsabilidade
objetiva".
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