PRECEDENTE PERIGOSO DO QUAL NUNCA SE TEVE NOTÍCIA ANTES.
Mantega recebeu voz de prisão na recepção do Hospital Albert Einstein, na Zona Sul da capital paulista, onde o petista aguardava o início da cirurgia de sua esposa, que sofre de câncer. A Polícia Federal agiu com total discrição, inclusive utilizando uma viatura descaracterizada para conduzir o ex-ministro até a sede da corporação, em São Paulo.
Não demorou muito para que os petistas invadissem as redes sociais para protestar contra a prisão, classificada como ato de desumanidade. Foi o bastante para o juiz Sérgio Moro, responsável na primeira instância do Judiciário pelos processos decorrentes da Lava-Jato, revogar a prisão e determinar a soltura de Guido Mantega.
Moro alegou que desconhecia a situação de saúde da esposa de Mantega, o que não justifica a decisão de revogar a prisão temporária (cinco dias). É importante salientar que o cidadão pode ser preso em qualquer lugar, desde que respeitada a inviolabilidade do domicílio do mesmo, o que foi seguido à risca pela PF.
O fato de a mulher de Mantega enfrentar problemas de saúde não compromete e muito menos invalida uma ordem de prisão, decisão que deveria ser revista somente se o alvo do mandado judicial ser o próprio enfermo. O que não é o caso do ex-titular da Fazenda.
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